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Leftfield – Novo album

No mês do Natal de 2022, Leftfield deu um presente para a música eletrônica.

Leftfield assina acordo global com Warner Chappell

Dizer que os veteranos do Leftfield voltaram com tudo é desmerecer os caras, pois isso eles já fizeram em 2015 com o excelente Alternative Light Source. Mas dá para afirmar que eles voltaram a surpreender com um álbum absolutamente acima da média em 2022.

Estou falando do tão aguardado This is what we do, álbum lançado oficialmente dia 09 de dezembro de 2022. 

Antes do lançamento do álbum, 3 hits poderosos foram lançados como um prenúncio do que viria: Pulse, Accumulator e a excepcional Full Way Round com a participação de Grian Chatten do Fontaines DC, uma das mais relevantes bandas de rock do momento. 

‘Aumentando a pressão sobre os ravers por 30 anos’: Neil Barnes, do Leftfield. 
Fotografia: Steve Gullick – Fonte

O álbum abraça o novo, mas também passeia por várias fases e vertentes da música eletrônica, mostrando que o duo formado em 1989 por Neil Barnes e Paul Daley continua a frente do seu tempo, mas mantém as características que fazem do duo, um dos ícones da cena no mundo inteiro

O álbum já inicia com a faixa título que conta com um Bass Line sensacional que carrega todo o peso, sendo ritmada por uma batida Elektro contagiante e um toque puramente característico dos primeiros trabalhos da banda, além de samplers cadenciados viciantes. 

Ouça aqui o álbum na íntegra.

A segunda faixa Full Way Round é a marca da modernidade do álbum. Grian Chatten dá o toque Fontaines DC enquanto é embalado por um grave absurdo, dando um toque Dark e que lembra também a linha musical do Underworld. Para mim, é a melhor faixa do álbum.

A terceira faixa Making a Diference parece ter saído do saudoso programa Novas Tendências, comandado pelo mestre José Roberto Mahr. Uma faixa que traz uma mescla de Ambient e Techno lindíssima. O vocal torna a faixa ainda mais imersiva. 

A levada de City of Synths é um verdadeiro tour pelos sintetizadores. Sem pressa, a batida, juntamente com um toque hipnótico te obriga a fechar os olhos e viajar pela cidade dos sintetizadores. 

Eis que surge a pulsante Pulse. Batida quebrada, grave contagiante e um toque que faz duos como o The Chemical Brothers aplaudir de pé. Bigbeat de respeito. 

Machines Like Me é um presente para os fãs do Kraftwerk. Melodia lindíssima e uma voz sintetizada que parece ter sido feita pelos próprios mestres. 

Rapture 16, mostra que música eletrônica é muito mais do que bate estaca. Tudo é conduzido pelas melodias e uma batida discreta que só faz ritmar. Aqui é o bom e velho Leftfield, dos vocais à sonoridade.

Heart and Soul é aquela faixa coringa. Serve pra pista de dança ou para ouvir em casa, relaxando ou dançando na sala de estar. Cadenciada e gostosa de ouvir.

Accumulator é Techno com T maiúsculo. Massivo e com um toque que lembra bastante o som do CJ Bolland, outro mestre da música eletrônica Old School.

Come on, é um convite ao Electro. Sintetizadores cativantes embalados por uma batida grave e samplers de guitarra envolventes. Se encaixasse um Rap, combinaria perfeitamente. Uma pedrada em câmera lenta. 

Power of Listening é o gran finale de um disco viciante. Aqui pode-se notar referências, ou melhor, homenagens a grandes mestres da cena eletrônica, sempre com a levada característica do Leftfield. Notei de Orbital a The Chemical Brothers. 

Agora que pude destrinchar faixa por faixa, ouça, contemple e comprove por si mesmo mais essa obra prima musical. Afinal, This is what we do.

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